A História do Prof. Pardal


A História do Prof. Pardal

{texto}


OS CIENTISTAS são geralmente apresentados como aqueles sujeitos desligados, que andam olhando para a lua pisando nas poças de água. Mas não é bem assim! Os cientistas apenas parecem distraídos porque estão sempre concentrados, pensando, procurando soluções para s problemas que afligem a humanidade. O fato é que se não fossem esses homens, aparentemente malucos, e suas invenções, aparentemente extravagantes, os ainda estaríamos vivendo como no tempo das cavernas! O Professor Pardal é um esses cientistas-inventores. Como a maioria desses homens, ele está tão à frente do seu tempo que as suas invenções, no início, causam mais confusão do que qualquer outra coisa. É claro que isso acontece principalmente porque as pessoas têm o costume de desconfiar de tudo o que é novo.
Quando apareceram os primeiros automóveis, por exemplo, as pessoas demoraram a aceitar aquelas máquinas barulhentas, fumegantes e complicadas. Além disso, não havia postos de gasolina, nem trocavam-se as peças com facilidade. Era muito mais seguro, sem sombra de dúvida, viajar de carruagem! Foi preciso que surgisse um magnata como o Tio Patinhas, que acreditasse na nova invenção e se dispusesse a financiar a sua produção industrial. SÓ então, muitos anos depois de inventado, o automóvel popularizou-se. O Professor Pardal surgiu em 1952 e foi mais uma das geniais criações de Carl Barks para os estúdios Disney. Logo no ano seguinte, apareceu Lampadinha, o fiel assistente do Professor. Esse bonequinho eletrônico é a maior invenção do próprio Pardal. Ele pensa e age como um verdadeiro ser humano, chegando até a tirar Pardal das mais perigosas situações. O Professor Pardal pertence a uma tradicional família de inventores. Seu avô revolucionou a vida de uma pacata cidadezinha do interior chamada Monotonópolis, com seus inventos malucos.

Vinheta da História em Quadrinhos Minhocas Maravilhosas. Uma das primeiras aventuras onde o Prof. Pardal apareceu nas publicações da Editora Abril, em 1954

Piada de Sérgio de Jesus Cântara (Janjão), um dos grandes desenhistas Disney dos Estúdios da Editora Abril.

Finalmente, ele aprontou uma confusão tão grande que foi obrigado a mudar-se para Patópolis com toda a sua família. Ainda menino, Pardal já mostrava seus pendores inventivos. Nos concursos Ciência da escola, ele sem tirava o primeiro lugar, apresentando uma invenção qualquer. Até que um dia, ele decidiu presentear sua professora, não com uma simples maça mas com um pequeno robô que apagava o quadro-negro sozinho. A professora levou um susto enorme com aquela aranha mecânica e Pardalzinho foi proibido de inventar. No inicio de sua carreira depois de adulto, Pardal encontrou muitas dificuldades os habitantes de Patópolis teimavam em considerá-lo maluco. Porém, logo passaram respeitá-lo como um benfeitor da cidade, por causa de suas invenções úteis. O Professor Pardal está longe de se aposentar, mas quando esse dia chegar, Patópolis não vai precisar se preocupar pois o sobrinho de Pardal, Pascoal , já começa a revelar-se um inventor.